Glossario de audio Vl

Jitter

Áudio digital. Fenômeno da falta de sincronia entre alterações elétricas. Provoca inesperados e indesejados deslocamentos de fase em sinais digitais ou pacotes de dados sobre um meio de transmissão. Erro ou desvio temporal; discrepância entre o momento exato onde a transição (mudança de estado) de um sinal digital deveria ocorrer e quando ela de fato ocorre. Pode ser definida como a medida de variação do atraso entre pacotes sucessivos de dados. Uma variação de atraso elevada produz uma recepção não regular dos dados.

Em áudio, é o equivalente digital ao wow & flutter analógico, embora em frequências bem mais elevadas. Reprodutores digitais (CD players, etc) com DACs de baixa qualidade, exibindo elevadas taxas de jitter, mostram uma sonoridade artificial e sem vida, caracterizando o "som digital". O jitter também pode ser criado no processo de gravação do CD ou DVD, por instabilidade na frequência de clock do gravador.


Links externos: Jitter (Digital Domain)

Kevlar

Marca registrada da Dupont. Material utilizado na fabricação de coletes a prova de bala, e também em cones de alto-falantes, devido à sua elevada relação resistência/peso. O material, sob a forma de fibras, é tecido e prensado numa forma, com ou sem adição de resina ou revestimento, ou mesmo como parte de um "sanduíche" de materiais. Tem características semelhantes à fibra de carbono.

Na fabricação de cones de alto-falantes, mostra problemas de ressonância (cone break-up) semelhantes aos cones de metal, devido ao seu baixo peso e alta rigidez. Pode-se contornar este problema usando-se cones compostos por estruturas em "sanduíche" de Kevlar e outros materiais que amortecem as ressonâncias, e filtros notch no divisor de frequências. O mais conhecido fabricante de caixas acústicas a utilizar o Kevlar é a Bowers & Wilkins (B&W), cujos falantes podem ser facilmente reconhecidos por seus cones de cor amarelada (ver foto). Entre os fabricantes de alto-falantes com este material são Scan-speak, Focal, Eton e Audax.


Links externos: Kevlar_(Dupont)

Klipschorn

Caixa acústica tipo "corneta de canto", desenvolvida em 1941 por Paul W. Klipsch (1904-2002), caracterizada por sua notável eficiência e resposta em graves. Criada para ser posicionada num canto da sala, utilizando-o como extensão da corneta dobrada que a compõe, é capaz de reproduzir frequencias de até 30 Hz com baixa distorção.

Considerada a única caixa no mundo a ser produzida comercialmente desde os anos 40 sem interrupções. Na ilustração (clique para ver em tamanho maior), pode-se ver a caixa montada, em corte e uma imagem de seu criador.

Links externos: | Klipsch - Site oficial | Planta da caixa - Audiofanatic

Largura de banda

bandwidth - BW - Também chamado de banda passante. A distância entre os limites superior e inferior de um sinal de áudio composto por mais de uma frequência. Como exemplo, a resposta em frequência de uma linha telefônica analógica para transmissão de voz é de 300 a 3400 Hz, então a largura de banda da linha é 3100 Hz. Em aúdio, é mais comum especificar em oitavas, sendo no exemplo acima, de aproximadamente 3,4 oitavas.

A largura de banda determina o Q (fator de qualidade) de um filtro, parâmetro comumente citado em equalizadores paramétricos. A tabela abaixo mostra a relação entre ambos:


Q largura
-------------------
0.7 2 oitavas
1.0 1 1/3 oitava
1.4 1 oitava
2.8 1/2 oitava
4.3 1/3 oitava


Os limites considerados são os pontos onde a potência do sinal cai à metade de seu nível nominal, ou seja, -3dB.

Leia mais sobre largura de banda na Wikipédia

Links externos: Q factor / bandwidth conversion and converter

LED Eletrônica

Light Emitting Diode - Diodo Emissor de Luz. Componente eletrônico que emite luz. Ao contrário das lâmpadas, o LED não tem filamento, portanto é mais eficiente e durável. São utilizados principalmente como indicadores luminosos em equipamentos eletrônicos. Nos equipamentos de áudio, em VUs, indicadores de clip, etc.

É um componente polarizado, tendo posição certa para ser montado num circuito. O terminal mais curto (também indicado por um corte em seu corpo) é o catodo (-). Ver ilustração.

Leia mais sobre LED na Wikipédia

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Links externos: LED - Unicamp

Lei de Joule Eletrônica

Enunciada pelo físico James Prescott Joule, estabelece que um condutor ao ser atravessado por uma corrente elétrica, transforma-se em energia térmica, produzindo calor. À transformação dessa energia se dá o nome de potência, cuja unidade é o Watt. A fórmula para encontrar a potência é:

P = I*V

Onde: P é a potência em Watts; V é a tensão em Volts; I é a corrente em Ampères; e R é a resistência do condutor em Ohms.

Usando a lei de Ohm, e por substituição, podemos deduzir as fórmulas:

P = R*I²
P = V²/R


Ver também: lei de Ohm

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Lei de Ohm Eletrônica

Enunciada pelo fisico e professor universitário alemão Georg Simon Ohm, estabelece que a corrente que flui num condutor é diretamente proporcional à diferença de potencial (tensão, ou voltagem) aplicada sobre ele:

I = V/R

Onde: I é a corrente em Ampères; V é a tensão em Volts; e R é a resistência do condutor em Ohms.

Por substituição, podemos deduzir as fórmulas:

V = I*R
R = V/I


Ver também: lei de Joule

Pesquise por lei de Ohm no Google

Lei do inverso do quadrado Acústica / Física

Em áudio - mais exatamente, quando falamos em intensidade sonora - esta lei nos diz que o som se propaga em todas as direções formando um campo esférico (como uma bolha), logo a energia sonora medida é inversamente proporcional ao quadrado da distância da fonte. Então, dobrando-se a distância, a energia (ou intensidade) sonora cai quatro vezes. Triplicando-se a distância, a intensidade cai 9 vezes (ver figura).

Como a intensidade é proporcional ao quadrado da pressão sonora, podemos dizer que a pressão sonora cai 6 dB cada vez que dobramos a distância da fonte.

Este fenômeno aplica-se apenas em campo aberto, pois sofre a influência das reflexões em ambientes fechados.


Ver também: distância crítica


LFE

(Low Frequency Effects) - Efeitos de baixa frequência. O canal "ponto um" nos sistemas surround 5.1. É um canal de faixa passante limitada (20 a 90 Hz, 20 a 120 Hz ou 20 a 150 Hz, a depender do sistema) destinado a reproduzir efeitos em baixa frequência em filmes. Estes sons adicionais suplementam os graves presentes nos canais frontais.

Também conhecido como "bass management" (gerenciamento de graves), embora esta denominação seja incorreta. O canal LFE é frequentemente chamado de "saída de subwoofer", porém mais uma vez, a denominação não é correta. O canal LFE contém informação extra, adicional ao grave existente nos demais canais, enquanto a saída de subwoofer num sistema de áudio contém as baixas frequências dos demais canais, filtradas e desviadas para ela por um crossover. O gerenciamento de graves pode fazer com que a saída de subwoofer receba também a informação do canal LFE, se necessário.


Ver também: Dolby | surround

Links externos: Ultimate AV: Bass Management and the LFE_Channel

Media impedancia

Termo pouco utilizado que designa um dispositivo (circuito ou equipamento) eletrônico que apresenta impedância entre alta e baixa, podendo esta ser de entrada (Zin) ou de saída (Zout). Não existe um padrão que defina uma gama de valores que possa ser classificada como sendo "alta", "média" ou "baixa", ainda porque depende do tipo de dispositivo.

Exemplos de dispositivos de média impedância: headphones de 150 ohms, microfones com mais de 600 ohms (geralmente dinâmicos sem transformador, de baixo custo), entradas de linha (line in) e auxiliar em mesas e prés com algumas dezenas de k ohms, saídas de teclados e instrumentos musicais ativos com mais de 600 ohms.

Ver também: alta impedância | baixa impedância


Microfone diferencial

Differential microphone ou noise-cancelling microphone. Sipo de microfone criado uso em ambientes com alto nível de ruído.

Composto por duas cápsulas em polaridade oposta ou por um único diafragma que capta o som por ambas faces (veja figura). Tende a discriminar as fontes próximas e no eixo (on-axis), que produzem maior pressão num lado da cápsula que no outro. Fontes distantes e fora do eixo (off-axis) tendem a produzir pressões iguais em ambos lados da cápsula e por isso são cancelados. Para que funcione corretamente, é importante que se fale diretamente nele, a uma distância não maior que 5 cm, ou a voz será rejeitada.

Microfones diferenciais costumam ser empregados apenas em comunicações (fala), como em alguns telefones, kits multimídia, rádios transmissores, etc. São especialmente úteis em ambientes com alto nível de ruído como aeronaves ou indústrias. Existem alguns poucos modelos para uso com música em PA, comumente do tipo "diferencial cardióide", rejeitam o som vindo de trás.


Links externos: Close-Talking Adaptive Differential Microphone Arrays | The Crown Differoid microphone

Mid-range

Faixa média - Transdutor destinado à reprodução dsa frequências médias, indo de algumas centenas de Hz a alguns kHz. Quanto à sua construção, podem ter características semelhantes aos woofers ou tweeters. Muitas vezes, um alto-falante comum de faixa ampla ( full-range ) é encontrado realizando essa função, num pequeno subcompartimento selado dentro da caixa maior.

Ver também: alto-falante | médios

mLAN Informática

music Local Area Network, ou rede local para equipamentos musicais - Tecnologia desenvolvida e licenciada pela Yamaha, baseada no padrão IEEE-1394 (ou Firewire). É um protocolo de gerenciamento de conexões de alto desempenho para áudio, vídeo e MIDI. Pode transferir dados em taxas de até 400 Mbps, o que representa até 100 canais de áudio digital ou 4096 canais MIDI transferidos por meio de um único cabo.

Links externos: mLAN_- Fundamentos

Modos Acústica / Física

Room modes - Ressonâncias que se dão naturalmente num ambiente, e que dependem de suas dimensões.

Modos afetam a resposta em baixas frequências de um sistema de som ou instrumento musical neste ambiente. São um dos maiores empecilhos à reprodução sonora em alta fidelidade, pois eles existem em qualquer sala, e somente podem ser controlados ou atenuados por meio de um projeto prévio cuidadoso ou, quando não é mais possível, alterando-se alguma dimensão desta e/ou com a ajuda de difusores e absorvedores acústicos de grande tamanho.

Muitas salas apresentam incontáveis modos na região abaixo de 200 Hz, cada um deles relacionado a uma dimensão - comprimento, largura e altura. Alguns derivam de reflexões nos cantos. Seu efeito na reprodução musical é um grave irregular, com algumas notas soando mais intensamente e com maior duração, outras quase desaparecendo. Esta característica muda de acordo com a posição do ouvinte no ambiente: enquanto em determinados pontos uma frequência é reforçada, em outros essa mesma frequência é cancelada.

Numa típica sala retangular, encontramos basicamente três modos fundamentais: um para o comprimento, um para a largura e outro para a altura. A frequência fundamental de cada modo pode ser calculada sabendo-se a distância entre duas superfícies paralelas e a velocidade dos som (344 m/s), através da seguinte equação:

Frequência = 334 / (distância x 2)

Na prática, não temos apenas três modos, mas uma grande quantidade deles, todos múltiplos dos modos fundamentais (assim chamados por serem os de frequência mais baixa). Exemplo: entre duas paredes distantes 4,3 m uma da outra, teremos um modo em 40 Hz (fundamental), outro em 80 Hz, outro em 120 Hz, e assim por diante.

Salas de grande volume como auditórios, teatros, cinemas, estúdios de TV, etc, não sofrem de problemas modais, uma vez que suas dimensões costumam ser maiores que o comprimento de onda das mais baixas frequências audíveis. As múltiplas reflexões das ondas sonoras em suas superfícies, em vez de apresentarem-se como ressonãncias e irregularidas na resposta, são percebidas como um campo reverberante (reverberação).

Modos podem ser classificados em três categorias: axiais, tangenciais e oblíquos (ver figura). O axial ocorre entre duas superfícies opostas (duas paredes, ou entre chão e teto). Um modo tangencial só está completo após a onda sonora refletir-se em quatro superfícies (quatro paredes, por exemplo). Um modo oblíquo resulta da reflexão em todas as seis superfícies da sala (quatro paredes, chão e teto). Os modos tangenciais e oblíquos são menos intensos porém ainda importantes na análise modal.


Ver também: ondas estacionárias | ressonância

Links externos: Ilustrações animadas dos modos numa sala

MTBF Outros

(Mean Time Between Failure - tempo médio entre falhas) - Medida baseada em estatísticas acerca da confiabilidade de um componente ou sistema. O intervalo médio de tempo previsto entre duas falhas de funcinamento, expressa em horas (usualmente na casa das milhares ou dezenas de milhares). Não deve ser confundido com expectativa média de vida.


Links externos: MTBF - Termos técnicos GdH


Nivel de instrumento

instrument level - Nível de sinal presente na saída de instrumentos musicais eletrificados (com captadores passivos). Ao contrário dos níveis de microfone e linha, para este não há nenhum padrão, podendo variar de milivolts (guitarra com captador simples) a mais de um volt (violão com cristal).

Instrumentos ativos (guitarras, baixos e violões com pré-eamplificador) exibem níveis um pouco maiores, e instrumentos eletrônicos (teclados) tem saídas em nível de linha.

Ver também: decibel | nível de linha | nível de microfone

Nivel de linha

Line level - Sinal com nível nominal entre –10dBu (245 mV) e +30dBu (24,5 V), sendo os valores mais comuns: +4dBu (profissional) e -10dBV (de consumo). Presente na maioria dos equipamentos de áudio, como preamplificadores, mixers, periféricos, CD e DVD players, etc.

Ver também: decibel | nível de instrumento | nível de microfone

Nivel de microfone

mic level - Sinal com nível nominal que pode ir da faixa dos microvolts (uV) até –10dBu (245 mV). Presente na saída de microfones, mas pode se referir a qualquer sinal de áudio da mesma magnitude, em torno de 60dB abaixo do nível de linha. DI boxes também costumam ter um sinal de saída em nível de microfone.

Ver também: decibel | nível de instrumento | nível de linha

No-break Eletricidade

Também conhecido como UPS, é um equipamento destinado a fornecer alimentação elétrica dos equipamentos a ele conectados, quando é interrompido o fornecimento pela concessionária de energia elétrica, evitando a paralisação da atividade realizada. Para isso, o no-break normalmente utiliza uma ou mais baterias de 12 volts DC que são transformados em 110 ou 220 volts AC. O tempo de funcionamento do no-break durante a falta de energia da rede elétrica dependerá da capacidade das baterias.

Costumam ser classificados em duas categorias básicas: off-line e on-line.

Os off-line são os mais baratos e comuns. Apresentam um retardo em seu acionamento, ou seja, ao ser interrompido o forecimento de energia da rede, o no-break leva um certo tempo (tipicamente 15 ms) para detectar a falta e acionar a bateria. Embora esse retardo seja pequeno, pode afetar o funcionamento de equipamentos mais sensíveis.

Por outro lado, os no-breaks on-line não apresentam qualquer tipo de retardo no acionamento da bateria ao ser detectada a falha no fornecimento, sendo portanto, mais seguros. Estes, por sua vez, podem ser dividos em duas sub-categorias: on-line em paralelo e on-line em série.

Nos no-breaks on-line em paralelo, tanto a tensão da bateria (já tranformada em 110/220 VAC) como a tensão da rede são ligadas simultaneamente à sua saída. Dessa forma, não há retardo em seu acionamento. Mas como a tensão da rede elétrica está diretamente presente em sua saída durante o fornecimento normal, qualquer problema nesta rede (como surtos de tensão) são repassados para a saída do no-break e daí aos equipamentos. Nete tipo de no-break, a saída não está isolada da entrada.

Esse isolamento se dá no no-break em série. Com ele, os equipamentos são sempre alimentados pela tensão da bateria, e apenas por ela, sem presença da tensão da rede. Quando o fornecimento de AC é interrompido, não há qualquer tipo de retardo. A tensão da rede elétrica é usada apenas para recarregar a bateria, evitando que se esgote. Por isso, a saída do no-break é totalmente isolada da entrada, e instabilidades ou ruídos na rede elétrica não afetam os equipamentos conectados a ele.


Ver também: estabilizador | filtro de linha

Noise shaping

Semelhante ao dither, o noise shaping é uma técnica de redução de bits utilizada para minimizar os erros de quantização. O dither reduz tais erros por meio da adição de ruído antes da quantização. A técnica de noise shaping desloca este ruído para bandas de frequência onde o ouvido humano é menos sensível, tornando o processo mais transparente.