Como se originam os sons?
Todos os sons resultam de vibrações dos objetos. Por exemplo, o som que se ouve quando se puxa a corda de uma guitarra é devido à vibração da corda. Contudo, o Homem só ouve vibrações sonoras se entre a fonte produtora do som e os ouvidos existir um material que propague essas vibrações (materiais sólidos, líquidos ou gasosos). Assim, a vibração que se produz (por exemplo, quando se dedilha uma guitarra) atua sob a forma de impulso nas partículas que constituem o ar que estão mais próximas da fonte sonora, e que vibram também. Por sua vez, a vibração destas origina a vibração das partículas do ar que se situam a seguir e o processo vai-se repetindo, à medida que o som se propaga. Deste modo, as partículas do ar aproximam-se, afastando-se em seguida: sucedem-se no ar uma série de compressões e rarefações a que se chama ondas sonoras. O ar à nossa volta está habitualmente a uma certa pressão atmosférica: a essa pressão corresponde um certo afastamento das partículas que constituem o ar.Quando as partículas do ar próximas de, por exemplo, um altofalante são comprimidas, há um aumento de pressão na zona de compressão. Na zona de rarefacão do ar ocorre, pelo contrário, uma diminuição da pressão. A propagação das ondas sonoras no ar corresponde justamente a esta sucessão de variações de pressão de ar. Em suma, o som é um fenomeno ondulatório e a sua propagação só se pode efetuar em meios materiais (sólidos, líquidos ou gasosos).
Qualidades do som.
O ouvido humano distingue os sons de acordo com três atributos: a altura, a intensidade e o timbre. Além deste três atributos é, por vezes, importante ter em conta a duração do som. Entende-se por duração de um som o intervalo de tempo durante o qual esse som é audível para o homem.
Altura: É a qualidade que nos permite classificar os sons em agudos e graves. De acordo com a intensidade que percepcionamos, dizemos que um certo som é "forte" ou "fraco". Pelo timbre, também designado por qualidade de som, estabelecem-se diferenças entre sons da mesma altura e com a mesma intensidade e classificamo-los como diferentes.
Timbre, intensidade e altura podem ser explicados através das grandezas físicas que caracterizam as ondas sonoras.
Intensidade: A intensidade é a energia transportada pela onda sonora que atravessa a unidade de área de uma superfície situada perpendicularmente à direção de propagação, por unidade de tempo. Assim, a unidade no sistema SI de intensidade é o Wm-2. Usualmente, no entanto, mede-se a intensidade em Wcm-2 . A intensidade de um som depende da amplitude da onda, mas é independente da frequência. Assim, podemos ter um som forte (muito intenso) de baixa frequência (grave) ou um som fraco (pouco intenso) de alta frequência (agudo).
Quando os estudiosos desta matéria pretenderam construir uma escala que cobrisse toda a gama de sons audíveis pelo ouvido humano, depararam-se com uma dificuldade: o leque de intensidades captadas era tão vasto que tornava dificílima a sua representação. Para se ter uma ideia, basta referir que, entre a intensidade do som mais forte detectado pelo ouvido humano e a intensidade do mais fraco, há uma razão de ordem de grandeza de 1012! Recorreram então a uma escala logarítmica, introduzindo também uma nova grandeza, o nível de intensidade acústica. Define-se o nível de intensidade sonora (em decibel – dB) pela expressão = 10 log10 (I / I0) em que I0 representa uma intensidade de referência, normalmente a do som mais débil que se pode ouvir (da ordem de grandeza de 10-12 Wm-2). A unidade desta nova grandeza é o bel1 (símbolo B), igual a 10 decibel (dB). Apliquemos a equação anterior a dois casos extremos. Primeiramente a um som cuja intensidade é da ordem de grandeza do som mais fraco que é possível ouvir: = 10 log10 (10-12 / 10-12) = 10 log10 (1) = 0. Conclui-se que o nível de intensidade é zero decibel. Seguidamente apliquemos a mesma equação a um som cuja intensidade está no outro extremo (I = 10 Wm-2), ou seja, a de um som muito forte mas sem causar ainda qualquer dano no ouvido: = 10 log10 (10 / 10-12) == 10 log10 (1013) = 130É a partir deste valor — 130 dB — que o som se torna nocivo. Há, no entanto, autores que situam este limite em 120 dB. Nesta página há alguns exemplos de intensidades e respectivos níveis de intensidade. Estudos feitos sobre os efeitos prejudiciais causados no ouvido humano por sons demasiados intensos revelam o aparecimento de surdez em jovens que ouvem, durante horas consecutivas, música ruidosa ou também em trabalhadores que não se protegem convenientemente no exercício de certas profissões que os submetem a grandes ruídos.O som (o ruído) pode, assim, ser considerado como agente "poluidor" e existe regulamentação que limita o nível de intensidade sonora permitido em locais de trabalho, na via pública e nas habitações. Altura: A altura de um som está relacionada com a frequência da onda sonora. Assim, um som agudo corresponde a uma frequência elevada, um som grave corresponde a uma baixa frequência. O lá normal tem a frequência de 440 Hz, sendo esta frequência usada como padrão de altura.Os limites da audibilidade, para o ouvido humano, são normalmente os 20 Hz e os 20 000 Hz; na música, as frequências utilizadas situam-se entre 30 e 4000 Hz. Entrando em conta com a intensidade do som, sucede que, para cada frequência, há um mínimo de intensidade abaixo do qual o som não é audível: o valor mais baixo destes mínimos situa-se nos 2000 Hz, apresentando o ouvido humano a sua máxima sensibilidade para esta frequência.No outro extremo há um máximo de intensidade para cada frequência: o máximo dos máximos corresponde à frequência de 1000Hz, zona onde o ouvido humano apresenta a sua maior sensibilidade. Timbre: O timbre distingue sons da mesma intensi-dade e da mes-ma altura, emitidos por instrumentos diferentes. O timbre está relacionado com o facto de que os sons que ouvimos correspondem, na sua maioria, a uma combinação de várias ondas, formando uma onda complexa. O timbre depende justamente das ondas que constituem uma onda complexa. Desta forma, uma nota musical, produzida por um instrumento, resulta da sobreposição de um som fundamental (o de menor frequência) com sons de frequências múltiplas da do som fundamental, chamados harmónicos (Figura 1). O timbre varia com o número, a frequência e a intensidade dos sons que se sobrepõem ao fundamental. Um exemplo de som correspondendo a uma só frequência, chamado um som puro, é o som produzido por um diapasão. Velocidade de propagação do som: Embora tenham sido levada a cabo ao longo de todo o século 19 a maior parte das experiências que conduziram à medição da velocidade do som, já Newton havia afirmado que a velocidade de propagação do som num gás devia ser inversamente proporcional à raiz quadrada da densidade do gás, dependendo, além disso, da sua pressão. As medições da velocidade de propagação do som no ar basearam-se no conhecimento, já então existente, do eco. Como se sabe, a formação do eco resulta da propriedade que as ondas sonoras têm de se reflectir quando encontram um obstáculo. Deste modo, medindo o tempo decorrido entre a emissão de um sinal sonoro e a audição do eco e conhecendo a distância a que o obstáculo se encontrava, foi possível determinar a velocidade de propagação do som no ar. Os valores então obtidos não se afastaram muito dos valores mais recentes. Para o ar a 0 ºC, a velocidade de propagação do som é, em valor absoluto, 330 m/s. Para os líquidos, ou melhor, para a água, as experiências realizadas por Colladon e Sturn, em 1828, no lago Léman, conduziram ao resultado de 1435 m/s. Para os gases em geral, a velocidade de propagação do som está relacionada com a pressão e a densidade, pela expressão: onde p representa a pressão média do gás, a densidade e o índice adiabático do gás. A intervenção deste índice justifica-se porque a sucessão de compressões e de expansões associadas à propagação das ondas sonoras se processa tão rapidamente que não chega a haver transferências de calor (entre zonas a diferentes temperaturas) tornando assim possível que se considere o processo adiabático.Por outro lado, supõe-se que o comportamento do gás é o de um gás ideal.Propagação do somAs ondas sonoras necessitam de um material para se propagarem (meio).Se encerrarmos um despertador dentro de uma campânula de vidro e extrairmos o ar que estava dentro da campânula, verificamos que deixamos de ouvir o despertador. Porquê?A resposta é simples... Repare-se que a onda sonora corresponde a uma sequência de compressões e rarefacções. Quando se faz o vazio dentro da campânula, as vibrações correspondentes ao tique-taque do relógio deixam de se poder transmitir por ausência de suporte material.Por isso, o som não se propaga no espaço (onde não há atmosfera), ou na lua. Como tal, os astronautas têm que comunicar usando ondas de rádio.As ondas estacionárias e os tubos sonorosNas cordas vibrantes e nos tubos com ar dos instrumentos musicais, são ondas estacionárias que se produzem, pois as ondas propagam-se num meio elástico limitado.Antes de mais, é necessário explorar o conceito de ondas estacionárias.O que distingue verdadeiramente as ondas estacionárias das outras ondas é o facto de que, nestas, não há propagação de energia. Por exemplo, se prendermos e extremidade de uma mola em hélice e lhe aplicarmos um impulso exterior, a mola recebe energia e armazena-a localmente nos nodos e ao mesmo tempo perde-a devido ao amortecimento, não havendo portanto propagação de energia na mola. Verifica-se ainda que:· A onda é reflectida na extremidade fixa de tal forma que, se propaga numa outra onda, em sentido contrário ao da primeira. A onda incidente e a reflectida sobrepõem-se. · Há pontos, N, cuja alongação resultante é sempre nula. Chamam-se nodos. · Entre dois nodos consecutivos, os pontos estão todos na mesma fase de vibração, mas com diferentes amplitudes. Aos pontos que atingem a máxima amplitude chama-se ventres. Considerem-se agora tubos sonoros abertos (tubos em que é aberta a extremidade oposta àquela por onde entra o ar). Nessa extremidade aberta, que fica à pressão atmosférica, forma-se um nodo de pressão. Dado que a pressão está desfasada /4 em relação ao deslocamento, um nodo de pressão corresponde a um ventre de deslocamento. Os modos de vibração possíveis são os que a Figura 4 apresenta. O comprimento do tubo l é múltiplo de meio comprimento de onda , isto é, l = n / 2. Como a frequência f verifica f = v / , as frequências permitidas são múltiplos inteiros de v / 2 l:f = n v / 2 lPara n = 1, tira-se a frequência do som fundamental. Para n = 2, 3, etc., obtêm-se as frequências dos segundo e terceiro harmónicos respectivamente.Na realidade, o ventre de deslocamento na extremidade aberta ocorre a uma distância geralmente igual a 0,6 r, em que r é o raio do tubo. O comprimento efectivo do tubo é assim:0,6 r + lNos instrumentos musicais de sopro, para que o ar entre em vibração, tem de haver uma perturbação numa das extremidades do tubo. Num órgão, a referida perturbação é causada pelo choque de um jacto de ar numa peça aguçada chamada bisel (Figura 5).No caso da flauta, também o ar é insuflado contra uma aresta em ângulo agudo, formando turbilhões que produzem as oscilações no ar. É importante realçar que a frequência de um som num tubo sonoro depende do comprimento deste; já o timbre depende do material de que é feito e da forma (incluindo o diâmetro do tubo). Cálculos necessários à construção dos tubos sonoros. Utiliza-se a fórmula:f = n v / 2 ln=1,2,3... Para n = 1, e sendo f a frequência fundamental,f = v / 2 l <=> l = v / 2 fPara v = 344 m / s, vemNota Frequência (Hz) Comprimento (m)
Dó 264 0,652Todos os sons resultam de vibrações dos objetos. Por exemplo, o som que se ouve quando se puxa a corda de uma guitarra é devido à vibração da corda. Contudo, o Homem só ouve vibrações sonoras se entre a fonte produtora do som e os ouvidos existir um material que propague essas vibrações (materiais sólidos, líquidos ou gasosos). Assim, a vibração que se produz (por exemplo, quando se dedilha uma guitarra) atua sob a forma de impulso nas partículas que constituem o ar que estão mais próximas da fonte sonora, e que vibram também. Por sua vez, a vibração destas origina a vibração das partículas do ar que se situam a seguir e o processo vai-se repetindo, à medida que o som se propaga. Deste modo, as partículas do ar aproximam-se, afastando-se em seguida: sucedem-se no ar uma série de compressões e rarefações a que se chama ondas sonoras. O ar à nossa volta está habitualmente a uma certa pressão atmosférica: a essa pressão corresponde um certo afastamento das partículas que constituem o ar.Quando as partículas do ar próximas de, por exemplo, um altofalante são comprimidas, há um aumento de pressão na zona de compressão. Na zona de rarefacão do ar ocorre, pelo contrário, uma diminuição da pressão. A propagação das ondas sonoras no ar corresponde justamente a esta sucessão de variações de pressão de ar. Em suma, o som é um fenomeno ondulatório e a sua propagação só se pode efetuar em meios materiais (sólidos, líquidos ou gasosos).
Qualidades do som.
O ouvido humano distingue os sons de acordo com três atributos: a altura, a intensidade e o timbre. Além deste três atributos é, por vezes, importante ter em conta a duração do som. Entende-se por duração de um som o intervalo de tempo durante o qual esse som é audível para o homem.
Altura: É a qualidade que nos permite classificar os sons em agudos e graves. De acordo com a intensidade que percepcionamos, dizemos que um certo som é "forte" ou "fraco". Pelo timbre, também designado por qualidade de som, estabelecem-se diferenças entre sons da mesma altura e com a mesma intensidade e classificamo-los como diferentes.
Timbre, intensidade e altura podem ser explicados através das grandezas físicas que caracterizam as ondas sonoras.
Intensidade: A intensidade é a energia transportada pela onda sonora que atravessa a unidade de área de uma superfície situada perpendicularmente à direção de propagação, por unidade de tempo. Assim, a unidade no sistema SI de intensidade é o Wm-2. Usualmente, no entanto, mede-se a intensidade em Wcm-2 . A intensidade de um som depende da amplitude da onda, mas é independente da frequência. Assim, podemos ter um som forte (muito intenso) de baixa frequência (grave) ou um som fraco (pouco intenso) de alta frequência (agudo).
Quando os estudiosos desta matéria pretenderam construir uma escala que cobrisse toda a gama de sons audíveis pelo ouvido humano, depararam-se com uma dificuldade: o leque de intensidades captadas era tão vasto que tornava dificílima a sua representação. Para se ter uma ideia, basta referir que, entre a intensidade do som mais forte detectado pelo ouvido humano e a intensidade do mais fraco, há uma razão de ordem de grandeza de 1012! Recorreram então a uma escala logarítmica, introduzindo também uma nova grandeza, o nível de intensidade acústica. Define-se o nível de intensidade sonora (em decibel – dB) pela expressão = 10 log10 (I / I0) em que I0 representa uma intensidade de referência, normalmente a do som mais débil que se pode ouvir (da ordem de grandeza de 10-12 Wm-2). A unidade desta nova grandeza é o bel1 (símbolo B), igual a 10 decibel (dB). Apliquemos a equação anterior a dois casos extremos. Primeiramente a um som cuja intensidade é da ordem de grandeza do som mais fraco que é possível ouvir: = 10 log10 (10-12 / 10-12) = 10 log10 (1) = 0. Conclui-se que o nível de intensidade é zero decibel. Seguidamente apliquemos a mesma equação a um som cuja intensidade está no outro extremo (I = 10 Wm-2), ou seja, a de um som muito forte mas sem causar ainda qualquer dano no ouvido: = 10 log10 (10 / 10-12) == 10 log10 (1013) = 130É a partir deste valor — 130 dB — que o som se torna nocivo. Há, no entanto, autores que situam este limite em 120 dB. Nesta página há alguns exemplos de intensidades e respectivos níveis de intensidade. Estudos feitos sobre os efeitos prejudiciais causados no ouvido humano por sons demasiados intensos revelam o aparecimento de surdez em jovens que ouvem, durante horas consecutivas, música ruidosa ou também em trabalhadores que não se protegem convenientemente no exercício de certas profissões que os submetem a grandes ruídos.O som (o ruído) pode, assim, ser considerado como agente "poluidor" e existe regulamentação que limita o nível de intensidade sonora permitido em locais de trabalho, na via pública e nas habitações. Altura: A altura de um som está relacionada com a frequência da onda sonora. Assim, um som agudo corresponde a uma frequência elevada, um som grave corresponde a uma baixa frequência. O lá normal tem a frequência de 440 Hz, sendo esta frequência usada como padrão de altura.Os limites da audibilidade, para o ouvido humano, são normalmente os 20 Hz e os 20 000 Hz; na música, as frequências utilizadas situam-se entre 30 e 4000 Hz. Entrando em conta com a intensidade do som, sucede que, para cada frequência, há um mínimo de intensidade abaixo do qual o som não é audível: o valor mais baixo destes mínimos situa-se nos 2000 Hz, apresentando o ouvido humano a sua máxima sensibilidade para esta frequência.No outro extremo há um máximo de intensidade para cada frequência: o máximo dos máximos corresponde à frequência de 1000Hz, zona onde o ouvido humano apresenta a sua maior sensibilidade. Timbre: O timbre distingue sons da mesma intensi-dade e da mes-ma altura, emitidos por instrumentos diferentes. O timbre está relacionado com o facto de que os sons que ouvimos correspondem, na sua maioria, a uma combinação de várias ondas, formando uma onda complexa. O timbre depende justamente das ondas que constituem uma onda complexa. Desta forma, uma nota musical, produzida por um instrumento, resulta da sobreposição de um som fundamental (o de menor frequência) com sons de frequências múltiplas da do som fundamental, chamados harmónicos (Figura 1). O timbre varia com o número, a frequência e a intensidade dos sons que se sobrepõem ao fundamental. Um exemplo de som correspondendo a uma só frequência, chamado um som puro, é o som produzido por um diapasão. Velocidade de propagação do som: Embora tenham sido levada a cabo ao longo de todo o século 19 a maior parte das experiências que conduziram à medição da velocidade do som, já Newton havia afirmado que a velocidade de propagação do som num gás devia ser inversamente proporcional à raiz quadrada da densidade do gás, dependendo, além disso, da sua pressão. As medições da velocidade de propagação do som no ar basearam-se no conhecimento, já então existente, do eco. Como se sabe, a formação do eco resulta da propriedade que as ondas sonoras têm de se reflectir quando encontram um obstáculo. Deste modo, medindo o tempo decorrido entre a emissão de um sinal sonoro e a audição do eco e conhecendo a distância a que o obstáculo se encontrava, foi possível determinar a velocidade de propagação do som no ar. Os valores então obtidos não se afastaram muito dos valores mais recentes. Para o ar a 0 ºC, a velocidade de propagação do som é, em valor absoluto, 330 m/s. Para os líquidos, ou melhor, para a água, as experiências realizadas por Colladon e Sturn, em 1828, no lago Léman, conduziram ao resultado de 1435 m/s. Para os gases em geral, a velocidade de propagação do som está relacionada com a pressão e a densidade, pela expressão: onde p representa a pressão média do gás, a densidade e o índice adiabático do gás. A intervenção deste índice justifica-se porque a sucessão de compressões e de expansões associadas à propagação das ondas sonoras se processa tão rapidamente que não chega a haver transferências de calor (entre zonas a diferentes temperaturas) tornando assim possível que se considere o processo adiabático.Por outro lado, supõe-se que o comportamento do gás é o de um gás ideal.Propagação do somAs ondas sonoras necessitam de um material para se propagarem (meio).Se encerrarmos um despertador dentro de uma campânula de vidro e extrairmos o ar que estava dentro da campânula, verificamos que deixamos de ouvir o despertador. Porquê?A resposta é simples... Repare-se que a onda sonora corresponde a uma sequência de compressões e rarefacções. Quando se faz o vazio dentro da campânula, as vibrações correspondentes ao tique-taque do relógio deixam de se poder transmitir por ausência de suporte material.Por isso, o som não se propaga no espaço (onde não há atmosfera), ou na lua. Como tal, os astronautas têm que comunicar usando ondas de rádio.As ondas estacionárias e os tubos sonorosNas cordas vibrantes e nos tubos com ar dos instrumentos musicais, são ondas estacionárias que se produzem, pois as ondas propagam-se num meio elástico limitado.Antes de mais, é necessário explorar o conceito de ondas estacionárias.O que distingue verdadeiramente as ondas estacionárias das outras ondas é o facto de que, nestas, não há propagação de energia. Por exemplo, se prendermos e extremidade de uma mola em hélice e lhe aplicarmos um impulso exterior, a mola recebe energia e armazena-a localmente nos nodos e ao mesmo tempo perde-a devido ao amortecimento, não havendo portanto propagação de energia na mola. Verifica-se ainda que:· A onda é reflectida na extremidade fixa de tal forma que, se propaga numa outra onda, em sentido contrário ao da primeira. A onda incidente e a reflectida sobrepõem-se. · Há pontos, N, cuja alongação resultante é sempre nula. Chamam-se nodos. · Entre dois nodos consecutivos, os pontos estão todos na mesma fase de vibração, mas com diferentes amplitudes. Aos pontos que atingem a máxima amplitude chama-se ventres. Considerem-se agora tubos sonoros abertos (tubos em que é aberta a extremidade oposta àquela por onde entra o ar). Nessa extremidade aberta, que fica à pressão atmosférica, forma-se um nodo de pressão. Dado que a pressão está desfasada /4 em relação ao deslocamento, um nodo de pressão corresponde a um ventre de deslocamento. Os modos de vibração possíveis são os que a Figura 4 apresenta. O comprimento do tubo l é múltiplo de meio comprimento de onda , isto é, l = n / 2. Como a frequência f verifica f = v / , as frequências permitidas são múltiplos inteiros de v / 2 l:f = n v / 2 lPara n = 1, tira-se a frequência do som fundamental. Para n = 2, 3, etc., obtêm-se as frequências dos segundo e terceiro harmónicos respectivamente.Na realidade, o ventre de deslocamento na extremidade aberta ocorre a uma distância geralmente igual a 0,6 r, em que r é o raio do tubo. O comprimento efectivo do tubo é assim:0,6 r + lNos instrumentos musicais de sopro, para que o ar entre em vibração, tem de haver uma perturbação numa das extremidades do tubo. Num órgão, a referida perturbação é causada pelo choque de um jacto de ar numa peça aguçada chamada bisel (Figura 5).No caso da flauta, também o ar é insuflado contra uma aresta em ângulo agudo, formando turbilhões que produzem as oscilações no ar. É importante realçar que a frequência de um som num tubo sonoro depende do comprimento deste; já o timbre depende do material de que é feito e da forma (incluindo o diâmetro do tubo). Cálculos necessários à construção dos tubos sonoros. Utiliza-se a fórmula:f = n v / 2 ln=1,2,3... Para n = 1, e sendo f a frequência fundamental,f = v / 2 l <=> l = v / 2 fPara v = 344 m / s, vemNota Frequência (Hz) Comprimento (m)
Ré 297 0,579
Mi 330 0,521
Fá 352 0,489
Sol 396 0,434
Lá 440 0,391
Si 495 0,347
Dó 528 0,326
As frequências utilizadas para determinar os diferentes comprimentos dos tubos para as diferentes notas foram calculadas através do livro "The Physics and Psychophysics of Music" (de Juan G. Roeder), onde vinham determinados os diferentes intervalos numa determinada escala.Assim sendo, temosNota Frequência
Dó fRé 9 f / 8
Mi 5 f / 4
Fá 4 f / 3
Sol 3 f / 2
Lá 5 f / 3
Si 15 f / 8
Dó 2 f
O som é o resultado de vibrações de um corpo (membrana, cone, corda, etc.) com frequência aproximadamente compreendida entre 16Hz e 20KHz. Além disso é preciso que o corpo vibrante se encontre em um meio material adequado para se propagar (no nosso caso o ar). Essas vibrações causam variações de pressão no meio material (no caso o ar) e que atingindo a membrana do tímpano a fará vibrar com a mesma frequência que o objeto produtor do som. A vibração da membrana se transmite através do ouvido médio até o órgão de Corti, onde se transforma em estímulos nervosos que transmitidos ao cérebro se transforma em sensação auditiva. Podemos dividir o som em três faixas básicas de frequência:
GRAVES
É formado por frequências baixas. É normalmente o que dá corpo ao som. Como exemplo podemos citar o som de um bumbo de uma bateria, o som de um contra-baixo, etc.;
MÉDIOS
São sons situados na faixa média de frequências de áudio. A voz humana é bom exemplo de som tipicamente formado por frequências médias;
AGUDOS
São sons situados na faixa de frequências altas. Os sons metálicos como o gerado por um prato de uma bateria é um exemplo de som agudo.
Não existe uma definição exata de valores de cada faixa de frequências (graves, médios e agudos). Normalmente se ouvem termos como SUB-GRAVE e MÉDIO-GRAVE. Os SUB-GRAVES podem ser considerados sons situados no limite inferior de frequências, onde quase não é possível se ouvir porém sentimos as vibrações no corpo. Os sons MÉDIO-GRAVES situam-se entre a faixa de GRAVES E MÉDIOS porém não existe uma definição exata de seus limites.
FREQUÊNCIAS SONORAS.
20 - 40 Hz SUB-GRAVES
40 - 80 Hz GRAVES
80 - 160 Hz GRAVES
160 - 320 Hz GRAVES/MÉDIAS
320 - 640 Hz MÉDIAS BAIXAS
640 - 1K2 Hz MÉDIAS
1K2 - 2K5 Hz MÉDIAS
2K5 - 5K Hz MÉDIAS ALTAS
5K - 10K Hz AGUDOS
10K - 20K Hz SUPER AGUDOS
AS FREQUENCIAS E SUAS VOGAIS
GRAVES: Letra [ U ]
GRAVES MÉDIAS: [ Ô ]
MÉDIAS BAIXAS: [ Ã ]
MÉDIAS ENTRE 640-1K2: [ Ó ]
MÉDIAS ENTRE 1K2-2K5: [ É ]
MÉDIAS ALTAS: [ I ]
AGUDOS DE 5K - 10K: [ S ]
FREQUENCIAS DE DESTAQUE EM CADA INSTRUMENTO:
BUMBO: kick: em 2,5 khz ressonância: em 50e 80 hz ponto de corte: entre 200Hz e 800hz
CAIXA: estalada: em 3-5 khz corpo: em 200-300 hz corte: em 8 khz
HI-HAT: ressonância da estante: em 1,2 khz. intenso: de 2 a 4 khz brilho: acima de 8 khz .
PRATOS: gongo: 200 hz. brilho: em 7,5 a 10 khz.
TONS: corpo: em 200 - 300hz. Som oco: em 700 - 1 khz.altas: em 4,5 khz.
SWING: corpo: em 100-250 hz. oco: em 600-800hz. Brilho: em 4-5 khz.
SURDO: ressonância: em 50-70 hz gordura: em 400-1 kHz kick: em 2-4 kHz
REPIQUE: ressonância: em 800-1 kHz excesso: por volta de 600 hz ataque: em 2-4 kHz
PANDEIRO: corpo: em 300-500 hz ataque: em 1k e 3 kHz platinelas: de 2k-5 kHz
CAVACO: acitar predominância de 800 a 2 khz
GUITARRA: corpo: em 200-300 hz médios desejáveis: em 800 a 1 khz ataque: entre 2,5 -4 khz
VIOLÃO: cordas graves: em 80-120 hz excesso retirável: em 150-300 hz clareza: de 2k a 3 khz acima de 4 khz o som se torna cortante
PIANO: graves: de 80-120 hz presença: de 2,5 a 5 khz efeito de honky-tonk: por volta de 2 khz
TROMPETE: som característico: entre 1k-1,5 khz surdina: entre 2 e 3 khz
TROMBONE: som característico: de 450 a 600 hz não menospreze as freqüências altas se tocado forte.
by sidneyeditor
agradecimentos a Cassio Borges
É formado por frequências baixas. É normalmente o que dá corpo ao som. Como exemplo podemos citar o som de um bumbo de uma bateria, o som de um contra-baixo, etc.;
MÉDIOS
São sons situados na faixa média de frequências de áudio. A voz humana é bom exemplo de som tipicamente formado por frequências médias;
AGUDOS
São sons situados na faixa de frequências altas. Os sons metálicos como o gerado por um prato de uma bateria é um exemplo de som agudo.
Não existe uma definição exata de valores de cada faixa de frequências (graves, médios e agudos). Normalmente se ouvem termos como SUB-GRAVE e MÉDIO-GRAVE. Os SUB-GRAVES podem ser considerados sons situados no limite inferior de frequências, onde quase não é possível se ouvir porém sentimos as vibrações no corpo. Os sons MÉDIO-GRAVES situam-se entre a faixa de GRAVES E MÉDIOS porém não existe uma definição exata de seus limites.
FREQUÊNCIAS SONORAS.
20 - 40 Hz SUB-GRAVES
40 - 80 Hz GRAVES
80 - 160 Hz GRAVES
160 - 320 Hz GRAVES/MÉDIAS
320 - 640 Hz MÉDIAS BAIXAS
640 - 1K2 Hz MÉDIAS
1K2 - 2K5 Hz MÉDIAS
2K5 - 5K Hz MÉDIAS ALTAS
5K - 10K Hz AGUDOS
10K - 20K Hz SUPER AGUDOS
AS FREQUENCIAS E SUAS VOGAIS
GRAVES: Letra [ U ]
GRAVES MÉDIAS: [ Ô ]
MÉDIAS BAIXAS: [ Ã ]
MÉDIAS ENTRE 640-1K2: [ Ó ]
MÉDIAS ENTRE 1K2-2K5: [ É ]
MÉDIAS ALTAS: [ I ]
AGUDOS DE 5K - 10K: [ S ]
FREQUENCIAS DE DESTAQUE EM CADA INSTRUMENTO:
BUMBO: kick: em 2,5 khz ressonância: em 50e 80 hz ponto de corte: entre 200Hz e 800hz
CAIXA: estalada: em 3-5 khz corpo: em 200-300 hz corte: em 8 khz
HI-HAT: ressonância da estante: em 1,2 khz. intenso: de 2 a 4 khz brilho: acima de 8 khz .
PRATOS: gongo: 200 hz. brilho: em 7,5 a 10 khz.
TONS: corpo: em 200 - 300hz. Som oco: em 700 - 1 khz.altas: em 4,5 khz.
SWING: corpo: em 100-250 hz. oco: em 600-800hz. Brilho: em 4-5 khz.
SURDO: ressonância: em 50-70 hz gordura: em 400-1 kHz kick: em 2-4 kHz
REPIQUE: ressonância: em 800-1 kHz excesso: por volta de 600 hz ataque: em 2-4 kHz
PANDEIRO: corpo: em 300-500 hz ataque: em 1k e 3 kHz platinelas: de 2k-5 kHz
CAVACO: acitar predominância de 800 a 2 khz
GUITARRA: corpo: em 200-300 hz médios desejáveis: em 800 a 1 khz ataque: entre 2,5 -4 khz
VIOLÃO: cordas graves: em 80-120 hz excesso retirável: em 150-300 hz clareza: de 2k a 3 khz acima de 4 khz o som se torna cortante
PIANO: graves: de 80-120 hz presença: de 2,5 a 5 khz efeito de honky-tonk: por volta de 2 khz
TROMPETE: som característico: entre 1k-1,5 khz surdina: entre 2 e 3 khz
TROMBONE: som característico: de 450 a 600 hz não menospreze as freqüências altas se tocado forte.
by sidneyeditor
agradecimentos a Cassio Borges